Como comprovar a avaliação de riscos psicossociais
Para demonstrar de forma objetiva, auditável e transparente que a organização avalia riscos psicossociais relacionados ao trabalho, é essencial manter registros formais, rastreados e documentados.
11 Dezembro 2025
Como comprovar que a empresa realiza Avaliação de Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho (FRPRT). Para demonstrar de forma objetiva, auditável e transparente que a organização avalia riscos psicossociais relacionados ao trabalho, é essencial manter registros formais, rastreados e documentados. A seguir, exemplos de ações e evidências:
1. Levantamento dos Perigos Ergonômicos / Psicossociais
Identificar todos os fatores de riscos psicossociais relacionados ao trabalho presentes nas atividades, tarefas e ambientes no viés coletivo, considerando:
• Demandas cognitivas, emocionais e organizacionais
• Pressões de tempo e ritmo
• Controle sobre o trabalho
• Comunicação, suporte e relacionamentos
• Autonomia e clareza de papéis
Evidências:
• Listas de verificação específicas de FRPRT
• AEP ou AET
• Formulários de identificação de perigos
• Registros de observações e inspeções
• Questionários aplicados: Ex: COPSOQ / HSE
2. Consulta e Envolvimento dos Trabalhadores
A participação ativa do trabalhador é obrigatória para que a avaliação seja real e contextualizada.
Formas de envolvimento:
• Entrevistas individuais e coletivas
• Reuniões com equipes
• DDS sobre fatores psicossociais
• Participação ativa da CIPA e representantes setoriais
• Treinamentos, palestras
Evidências:
• Atas e listas de presença
• Registros de reuniões
• Consolidação das percepções dos trabalhadores
3. Avaliação e Classificação dos Riscos Psicossociais
Aplicar metodologias reconhecidas que permitam classificar o nível de risco:
Ferramentas aplicáveis:
• Matriz de probabilidade × severidade
• Métodos qualitativos ou semiquantitativos de ergonomia
• Questionários validados (ex.: Demandas, Controle, Suporte, Clima organizacional, Burnout)
• Escalas e instrumentos psicossociais reconhecidos e validados.
Princípio fundamental:
A classificação deve sempre considerar a participação do trabalhador, garantindo representatividade e precisão.
Evidências:
• Relatórios das análises
• Planilhas de matrizes de risco
• Registros consolidados dos questionários aplicados
• Relatórios de diagnóstico psicossocial
4. Gestão Contínua: Ciclo PDCA dos FRPRT
Os riscos psicossociais mudam com o tempo — por isso, a gestão deve ser contínua.
PDCA aplicado aos FRPRT:
P (Plan) – Planejar ações de prevenção e promoção
D (Do) – Implementar medidas organizacionais, ergonômicas e psicossociais
C (Check) – Monitorar indicadores, clima, queixas, absenteísmo, rotatividade
A (Act) – Ajustar processos, rotinas e políticas conforme os resultados
Evidências:
• Plano de Ação do PGR
• Indicadores psicossociais acompanhados
• Relatórios de revisão e reavaliação
• Registros de melhorias implementadas

Artigo produzido pelo Ergonomista Maicon Correia Queiroz. Para mais conteúdos, acompanhe os blogs da Reliza.
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