Falar de Ergonomia ainda é muito complexo para muitas pessoas e empresas. A falta de conhecimento sobre o assunto implica em baixa produtividade, afastamento da empresa e complicações para a saúde do trabalhador (LER/DORT). Entenda o que é ergonomia, onde e porque devemos saber mais sobre este assunto.
O QUE É ERGONOMIA?
A origem é grega, sendo que ERGO = trabalho e NOMOS = regras.
A IEA (Associação Internacional de Ergonomia) define como: “A disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema.” (2010)
O objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao seu trabalho de forma eficiente e segura, proporcionando mais conforto.
A IEA divide ergonomia em 3 domínios de especialização:
# Física – está relacionada com as respostas do corpo humano, físico e psicológico, que inclui: estudo da postura, manipulação de materiais, movimentos repetitivos, lesões músculo-esqueléticas, demandas de trabalho, segurança e saúde.
# Cognitiva – estabelece a relação dos processos mentais, memória, raciocínio, percepção, atenção, cognição, controle motor e como eles afetam as interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema. O que implica compreender: a carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisão, desempenho e habilidade, interação homem-computador, treinamentos e erro humano.
# Organizacional – é a otimização dos sistemas sócio técnicos, ou seja, a estrutura organizacional, as políticas e processos. Refere-se a comunicações, trabalho em turnos, satisfação do trabalho, trabalho em grupo, teoria motivacional, supervisão, organizações de rede, trabalho à distância, gestão de qualidade e ética.
ONDE SE APLICA?
Entende-se que ergonomia está somente associada ao trabalho, mas é possível aplicar estudos ergonômicos em qualquer área: em casa, transporte, lazer, escola. Para se ter ideia, é possível ter ergonomia no computador e até em uma calculadora para diminuir o esforço mental, por exemplo.
Ginástica laboral, intervalos, rotatividade de tarefas, adaptação do ambiente de trabalho de acordo com a função e carga horária, e equipamentos ergonômicos são exemplos de ações possíveis de inserir nas empresas.
QUANDO SURGIU?
Os primeiros ensaios foram aplicados ainda na época do homem primitivo, por necessidade de proteção e sobrevivência. Os princípios de ergonomia estavam em atividades que ofereciam menos esforço e mais conforto, como fazer utensílios de barro para tirar água de cacimbas (poço) e cozinhar, fazer tacapes (arma indígena) para defesa ou caçar animais.
As primeiras literaturas surgiram a partir de 1700 com o médico italiano Bernadino Ramazzini, que escreveu sobre doenças e lesões relacionadas ao trabalho, “Morbis Artificum” (Tradução: Doenças Ocupacionais).
Mas, foi na Revolução Industrial que de fato a ergonomia começou a surgir. Durante as guerras houve atenção no desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos que deveriam ser precisos e habilitados a serem usados pelos soldados de diferentes países.
COMO PODE AJUDAR?
Podemos afirmar que a ergonomia surgiu em função da necessidade de o ser humano precisar aplicar menos esforço físico e mental em suas atividades diárias. Dessa forma, contribui:
# Melhoria da Postura e evitar doenças ocupacionais: a dor na coluna, devido à má postura, é um dos maiores motivos de afastamento nas empresas, assim como LER/DORT, que são causados pela falta de equipamentos adequados e ajustados aos funcionários, como: cadeira, suporte monitor, apoio para os pés e antebraços.
# Produtividade: é possível aumentar a disposição, eficiência e a motivação do trabalhador e em consequência a entrega e produção das tarefas diárias na empresa com adequações e ajustes na estação de trabalho, fornecimento de equipamentos ergonômicos e ginástica laboral.
# Afastamento e ausência: as técnicas ergonômicas proporcionam saúde e bem-estar ao colaborador durante uma jornada de trabalho.
# Valorização profissional: o funcionário sente-se reconhecido e valorizado por receber suporte para exercer sua atividade.
# Qualidade de vida: por meio de equipamentos ergonômicos, intervalos, ginástica laboral e métodos, é possível amenizar o cansaço e lesões no corpo.
Concluímos que a ergonomia está baseada em 3 pilares: conforto, segurança e eficiência. E lembre-se sempre que equipamentos ergonômicos devem ser regulamentados pelo Ministério do Trabalho, com o selo NR17, que será o nosso próximo assunto no post da semana que vem.
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Até a próxima.
Abraços