Para quem ainda desconhece o termo, eSocial é uma ferramenta obrigatória implantada pelo governo em 2018 que solicita às empresas uma espécie de dossiê sobre questões trabalhistas, envolvendo, naturalmente, a questão da ergonomia e dos EPI’s.
Todos sabemos que é indispensável a observação de determinados aspectos no ambiente de trabalho para cumprir normas regulamentadoras como a NR 17, por exemplo, afinal, a ergonomia deve ser uma das preocupações quanto à saúde e segurança do trabalhador. O papel do governo neste cenário é pensar em tudo isso, e mais, monitorar a situação dentro das empresas a fim de prevenir doenças que custam caro para a vida humana e às empresas. Numa tentativa de se adaptar à era digital e ter maior controle, o governo instituiu o eSocial, plataforma onde todas as informações sobre os funcionários e o ambiente devem ser compartilhadas, garantindo mais transparência.
Conheça todos os impactos do eSocial e as principais dicas para adequar sua empresa às exigências legais.
IMPACTOS ERGONÔMICOS DO ESOCIAL
CONTROLE MAIS PRECISO
O cumprimento da NR-17 sempre foi permanecia obrigatório, mas com a chegada do sistema integrado fica mais fácil fiscalizar. Assim, este controle contínuo por parte do governo trará uma preocupação maior com a ergonomia.
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS DE ERGONOMIA
O eSocial possui uma tabela de ergonomia e para que seja utilizada, é preciso haver um risco, isso decorre em uma exigência de realizar a identificação dos fatores de risco ergonômicos. Sem o eSocial, a avaliação acontecia somente para cumprir a NR-17, agora, o acompanhamento deve ser constante e consistente.
O resultado: as empresas precisam realizar um monitoramento contínuo em relação ao surgimento dos riscos ergonômicos e tomar decisões sobre como resolvê-los.
CRUZAMENTO DE DADOS COM OUTRAS EMPRESAS DO RAMO
Agora o governo passa facilmente a ter uma visão completa sobre cada organização e identifica melhorar os pontos que exigem mais atenção. Será possível realizar o cruzamento e a comparação de dados com outros estabelecimentos do ramo. Em caso de diferenças significativas em relação à ergonomia, o negócio pode sofrer fiscalização, multas e até interdição.
SATISFAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
A questão do eSocial vai além da multa e da cobrança constante por parte do governo. Com a chegada da plataforma, há um destaque para o cumprimento de obrigações ergonômicas que garantem conforto e bem-estar para os funcionários. Para os trabalhadores, é um impacto muito positivo, pois terão uma qualidade de vida maior e melhor dentro do ambiente de trabalho, levando a um aumento da sua motivação, satisfação, e produtividade.
COMO PROCEDER – DICAS
Basicamente, o eSocial exigirá que você cumpra normas, das tributárias às ergonômicas e mantenha o governo sempre informado sobre qualquer situação. Para garantir que a ergonomia seja atendida dentro do que prevê a nova ferramenta são necessárias algumas mudanças atendendo a questões fundamentais. Confira os principais pontos que precisam ser observados.
ORGANIZACIONAIS
A forma como a empresa funciona é outro elemento determinante para as questões ergonômicas abordadas pelo eSocial. Há várias situações que se encaixam nessa categorização como o caso dos trabalhos em turno e/ou noturnos, a exigência de manter jornadas de ritmo intenso. O mesmo vale para a realização de horas extras, para rodízio de atividades e para os fluxos de demandas e entrega de tarefas.
A ausência de pausas e de planos de capacitação, a monotonia, o estresse no ambiente laboral e até a cobrança de metas não atingíveis são outros fatores que afetam a forma como os colaboradores trabalham. O ideal é que seja criado um ambiente saudável, inclusive do ponto de vista psicológico.
MOBILIÁRIO, EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS UTILIZADOS
Os equipamentos e o mobiliário utilizados na atividade laboral determinam se há ou não riscos de ergonomia. Quando os móveis e/ou as máquinas não têm mecanismos de regulagem ou não estão em condições de uso, a ergonomia é prejudicada e isso deve ser apresentado na tabela do eSocial acompanhado das medidas que serão tomadas. O melhor é optar sempre por máquinas com regulagem de ajuste e móveis pensados especificamente para o conforto dos colaboradores.
BIOMECÂNICOS
Fatores ergonômicos relacionados ao uso do organismo, da força física etc. Entre os pontos abordados pelo eSocial, estão a imposição de ritmos excessivos, esforço físico intenso, obrigação de usar posturas inadequadas, a exposição a monitores de vídeo, o transporte de cargas pesadas entre outros.
PSICOSSOCIAIS E COGNITIVOS
Um trabalho não pode ser correto apenas do ponto de vista biomecânico, mas trazer problemas cognitivos ou psicossociais. Se isso ocorrer, deve ser registrado como um risco ergonômico no eSocial. Péssimos exemplos de situações deste tipo são a delegação de tarefas muito complexas, que exigem alto grau de atenção ou de raciocínio por períodos muito prolongados, extrapolando a capacidade do colaborador.
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# COMO EVITAR ACIDENTES DE TRABALHO
ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO – A MELHOR FORMA DE PLANEJAR SUA ERGONOMIA
A primeira medida para evitar multas e contribuir com a saúde do seu colaborador é a realização de uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET), um parecer técnico que identifica quais são as principais questões de ergonomia do local. Com este levantamento de todos os riscos de ergonomia no ambiente laboral é mais fácil reduzi-los ou eliminá-los. Diante das novas necessidades impostas pelo governo, sua realização é indispensável, de modo a gerar uma atuação interessante e de qualidade.
COMO FAZER UMA AET?
Convoque uma equipe de especialistas, internos ou externos, e proporcione a eles autonomia para fazerem um levantamento completo. A coleta de dados acontecerá de diversas formas: visita in loco; pela realização de questionários; entrevistas e medições no ambiente.
Com o relatório em mãos são apresentados todos os riscos econômicos, de maneira macro e micro e pode-se ter uma noção completa do que não está em conformidade com a NR-17.
MUITO IMPORTANTE PARA O ESOCIAL
A AET é que ela permite o preenchimento correto de dados do eSocial. Para evitar multas, os riscos devem ser apresentados na tabela específica, de maneira clara e completa. Ignorar a realidade, ou deixar algo passar, pode acarretar multas e outras punições à empresa.
PREJUÍZO DE NÃO FAZER
Já que o preenchimento da tabela de riscos é exigido, precisa-se identificar cada questão a ser cumprida com essa exigência. Ao não reconhecer quais são os riscos, torna-se impossível controlá-los. Isso levará a problemas ergonômicos que se acumulam e que prejudicam a qualidade de vida e de trabalho. Deixar de fazer a AET aumenta, ainda, os riscos de prejuízos e falta de regularidade quanto às obrigações junto ao Governo.
UM AVANÇO PARA TODOS
O eSocial é um avanço na questão ergonômica, mesmo que alguns se preocupem em resolver os riscos apenas para evitar multas é fato comprovado que a ergonomia faz bem para a empresa e quem constrói seu futuro. Adequar sua empresa e controlá-la constantemente, proporcionará mais produtividade, irá melhorar a qualidade de vida dos colaboradores, ajudará a evitar doenças ocupacionais e a ocorrência de acidentes de trabalho. Esta combinação de benefícios já seria ótima razão para o cuidado constante que este assunto merece.
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Até a próxima semana. Abraços!